No blog Acerto de Contas, que leio de vez em quando, Pierre Lucena, um de seus responsáveis, postou comentário dia 30 de dezembro último sob o título “Os prefeitos do Recife e suas obras inúteis”. A lista dos empreendimentos é encabeçada pelo Parque D. Lindu, do qual a matéria exibe foto aérea que demonstra cabalmente sua inutilidade. Visitei esse (suposto) parque pela primeira vez no dia 20 de dezembro de 2009. Estava em Boa Viagem – coisa rara na minha rotina, devo dizer –, o que me permitiu ir até o D. Lindu (sugestão de minha mulher, Vera). Fiquei espantado com o caráter da iniciativa, implantada em área que era verde e que os moradores da vizinhança próxima desejavam que continuasse assim. A vegetação que resta ali é vaga lembrança da que justificaria parques como o da Jaqueira ou 13 de Maio, no Recife, para não falar da Quinta da Boa Vista, no Rio, do Ibirapuera, em São Paulo, do Farroupilha, em Porto Alegre, do Bosque Rodrigues Alves, em Belém do Pará. O D. Lindu tem uma quantidade absurda de cimento armado, implantada com a grife de Oscar Niemeyer, cuja fama, sem dúvida, não está relacionada a projetos desse naipe. Não sou crítico de urbanismo nem de arquitetura, mas é óbvio que um projeto pode agradar ou não pelo seu desenho à pessoa que o contempla. No caso do parque de Boa Viagem, o conjunto é medíocre – e nisso se inclui o monumento a D. Lindu e filhos (custa a crer que seja uma obra do grande Abelardo da Hora). Pelo vulto dos recursos despejados na polêmica iniciativa do ex-prefeito João Paulo, era para que algo melhor fosse oferecido por ela aos recifenses. E que estivesse concluída – até porque faz mais de um ano de sua inauguração. Do parque pode-se dizer: obra inútil; injustificada como gasto público em um regime democrático.
O bloguista Pierre Lucena reporta-se a outras obras inúteis dos prefeitos do Recife. Menciona Jarbas Vasconcelos, Roberto Magalhães, Gustavo Krause, Joaquim Francisco, Gilberto Marques Paulo. No caso de Krause, a inutilidade do que estava empreendendo por volta de 1980 foi por ele mesmo reconhecida. Lembro-me de conversa que tivemos, na época, viajando com ele de Brasília e ele queixando-se de que só conseguia dinheiro para coisas como “estacionamentos periféricos”, que iriam servir para nada. É porque os tecnocratas tinham decidido que se construíssem áreas para estacionamento a fim de se desafogar o trânsito no centro das grandes cidades. Porém, o modelo vigente privilegiava o carro e não promovia o transporte de massa. Aliás, nesse particular, é notável a incompetência dos prefeitos do Recife em promover o bem da coletividade. Nenhum deles investiu fortemente em transporte público decente. A intervenção da prefeitura sob o petista João Paulo na av. Conde da Boa Vista (de boa-fé, sem dúvida) é um desastre social, ecológico, estético e financeiro. Todos sofrem com ela. Nenhum prefeito se empenhou em favorecer, por outro lado, aqueles habitantes da cidade que usam bicicletas. Se esse benefício é um fato corriqueiro em países ricos (Copenhague constitui ótimo exemplo), aqui ser ciclista é concorrer ao timbre de excluído. Interessante, porém, é como o transporte de bicicleta é eficiente. No dia 23 de novembro último, às 18h45, saí com meus alunos de ciências ambientais da UFPE para uma sessão no Cinema da Fundação J. Nabuco (filme Fordlândia). Fomos do CCB (Centro de Ciências Biológicas), na Cidade Universitária, para o Derby. Todos seguiram de carro, menos o aluno Tiago Jatobá, que só anda de bicicleta. Quando cheguei ao cinema (meu carro foi o primeiro a fazê-lo), ele estava no local e já tinha ido ao banheiro. Não gastou nenhuma energia fóssil, fez exercício e não teve os estresses de motorista (embora os ciclistas possam sofrer mais até). Prefeitos, liguem-se!
livro em homenagem aos 80 anos de Clóvis Cavalcanti
CLÓVIS CAVALCANTI: ECONOMISTA ECOLÓGICO DO NORDESTE DO BRASIL PARA A SUSTENTABILIDADE DO PLANETA
Clóvis Cavalcanti em Audiência com o Papa Francisco
Clóvis Cavalcanti e sua conversa com o Papa Francisco sobre a Carta Encíclica do Sumo Pontífice - "Laudato Si´" (Louvado Sejas) e a Economia Ecológica. E sobre a ISEE - Sociedade Internacional de Economia Ecológica. Vaticano, 23.11.2016
Clóvis Cavalcanti é economista ecológico, escritor, professor da Universidade Federal de Pernambuco, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, presidente de honra da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (EcoEco), presidente eleito da ISEE (Sociedade Internacional de Economia Ecológica)
Clóvis Cavalcanti eleito presidente da ISEE - jan 2016
Professor Clóvis Cavalcanti, sócio do Centro Celso Furtado, foi eleito presidente da Sociedade Internacional de Economia Ecológica (ISEE - www.isecoeco.org ). Concorreu com David Barkin, México, Que em 2012 Participou de mesa em Congresso Internacional do Centro Celso Furtado.
15th congress ISEE
15º Congresso Internacional da Sociedade de Econômica Ecológica. Puebla, 10, 11 e 12 de set 2018 - México
Clóvis Cavalcanti
Born in 1940, Clóvis Cavalcanti is a Brazilian ecological economist living in Olinda and working in the Recife area, Brazil. He is also an organic farmer since 1976, and an environmentalist. He taught ecological economics at the Federal University of Pernambuco and retired as an Emeritus Researcher from the Institute for Social Research, the Joaquim Nabuco Foundation. He was visiting professor at various universities including Vanderbilt (USA), La Trobe (Australia), Cuenca (Ecuador), Oxford (Britain), and the University of Illinois at Urbana-Champaign (USA). He has been a member of the scientific council of the Institute of Integral Medicine of Pernambuco (Recife) and of the Consultative Council of the Celso Furtado International Center for Development Policies in Rio. He is a founding member of the International Society for Ecological Economics (ISEE) and its present President for 2018-2019. He is also a founder and honorary president of ECOECO (the Brazilian Society for Ecological Economics). He has had assignments in the board of directors of ANPPAS, the Brazilian Association of Research and Graduate Studies on the Environment and Society, and in the board of CLACSO, the Latin American Social Sciences Council (Buenos Aires). He has pioneered work on patterns of sustainability in the Americas, comparing the US and Amerindian lifestyles. He has written and published regularly since the late 1960s in peer-reviewed journals. He is the author, co-author or editor of 12 books, including The Environment, Sustainable Development and Public Policies: Building Sustainability in Brazil (2000). He introduced the concept of ethnoeconomics during his visiting professorship at Oxford in 2000, publishing a paper on the subject in Current Sociology, Jan. 2002. He has done work on the role of traditional ecological knowledge in development, and on environmental governance. He collaborated in the preparation of Angola’s 2005-2025 development strategy, introducing a proposal (adopted) for a wealth fund based on oil royalties for use in perpetuity. He has written on alternative development paths and their policy requirements since the mid-1980s. In 2012-2013, he did work in Bhutan’s International Expert Working Group which contributed to a report submitted by the Bhutanese government to the UN. In December 1968 he gave a speech in Recife at a graduation ceremony under the title “Economics and human happiness: a quasi-philosophical essay”.
Foto em Thimphu (Butão) com o Rei, a Rainha e o Primeiro-Ministro do país. No grupo, de experts convocados para tentar propagar o paradigma butanês de desenvolvimento, baseado na felicidade, na simplicidade e no equilíbrio de todos os seres, há pessoas de 16 países. Suas Majestades estão na fileira de cima. Dia 1º.2.13.
Palestra blá blá blá
Meu tempo...
Homenagem dos amigos da Fundaçao Joaquim Nabuco
Meu Tempo
por Clóvis Cavalcanti
Meu tempo é feito de flamboyants floridos com suas cores vitais e seus múltiplos chamamentos. Meu tempo é feito do aroma doce que sai do amarelo cantante das acácias. Meu tempo é feito das mangueiras tropicais com seus frutos pingentes, de árvores de Natal, que não permitem que se desista da vida e da beleza completa do mundo natural. Meu tempo é feito dos sorrisos precoces, dos cumprimentos vespertinos, da brisa que sopra carinhosamente nas tardes rosadas de dezembro. Meu tempo é feito de amizades que não têm fronteiras e se expandem infinitamente em todas as direções e por todas as eras. Meu tempo é feito de expectativas reais com suas formas antevistas e suas concretizações imprevisíveis. Meu tempo é feito de uma louca busca, de uma brincadeira imensa, sem espaço para as reflexões racionalistas. Meu tempo é feito de desejo de doação sem visar lucro ou retorno – vontade visceral de ofertar um amor gratuito. Recife, dez. 1982
Poesia infantil
Renata de 9 anos é filha da aluna de Clóvis, Cibelle, que em plena aula sobre Sociedade e Meio Ambiente fez esse poema. Ufpe jul 2010
Semana Meio Ambiente e Clóvis
Homenagem a Clóvis Cavalcanti, na Semana do Meio Ambiente, em seminário promovido nos dias 4 e 5 de junho de 2009 pela Diretoria de Pesquisas Sociais da Fundaj.
Livro: Manuel Correia de Andrade - um homem chamado Nordeste
Clóvis Cavalcanti, Lêda Rivas e Jacques Ribemboim - organizadores do Livro
Lançamento do livro na Academia Pernambucana de Letras - 19 de junho de 2008
Este livro reúne textos de amigos, ex-alunos, colaboradores, admiradores de Manuel Correia, cada um oferecendo a sua visão do mestre.
CORRER, CORRER, CORRER Clóvis Cavalcanti
Correr, correr, correr, / agarrado ao vento do verão, / sob o sol claro de dezembro, / sem medo de arrastar todas as multidões. / Correr, correr, correr / e, enquanto correr, / abrir os braços e cantar
para a platéia aturdida / dos que são apenas assistentes. / Tirar o sapato, o calção; / tirar a roupa; / tirar o pensamento pesado; / tirar o juízo, a falta de imaginação. / E espantar os astrais sombrios, / as desesperanças, / as destemperanças, / as decepções, / os dias de agosto, / os dias de desgosto. / Correr, correr, correr, / no meio das estradas sem começo e sem fim; / sem parar em porteiras / e sem dar a vez a carros e a motoristas / embrutecidos pelos motores a explosão. / Correr, correr, correr / e, enquanto correr, / olhar para as moças de todas as manhãs, para os homens das madrugadas boêmias, para os meninos do amanhecer lúdico. / Correr, correr, correr, / resistindo à fumaça venenosa / das incompreensões adultas. / Correr nos bosques de cajueiros, / de flores e borboletas / das florestas essenciais. / Correr à beira-mar. / Mas correr sobretudo à beira-amar. / Amar, amar, amar. / Correr, correr.
1956 - Colégio Nova Friburgo
Conclusão do ginasial
Antiga usina Frei Caneca
Local da infância de Clóvis - jan 2008
POEMA AUTOBIOGRÁFICO - Clóvis Cavalcanti
Sou um produto inacabado de mim mesmo, nascido no verão às 8 horas, em um dia 8 do mês 12 do ano 40 – tantos oitos e múltiplos de oito!
Nasci e cresci no mato, rodeado de canaviais – herdeiro de uma história de engenhos, de açúcar, cachaça e rapadura; herdeiro de Cavalcantis, Bandeiras de Melo, Carvalhos, Aguiares e Vasconcelos.
Nasci e cresci ouvindo histórias de família mestiça, produzida por índios, italianos e portugueses (africanos deve ter havido, menos), de avô plantador de cana arruinado pela Grande Depressão.
Sou menino de usina, da bagaceira onde brincava, embolando nos montes de cana moída fermentando, açucarada e negra, para virar adubo.
Menino do mato, vivi uma vida de brincar com barro, subir em árvores e observar os peixes do rio Fervedouro, que corria junto de minha casa (enquanto espiava meninas nuas se [banhando).
Algumas vezes, o rio enchia e eu admirava aquela água barrenta descendo, impetuosa. Na Quinta-feira Santa, secavam a Tomada e o rio Fervedouro era um formigueiro de gente com balaios, redes e manzuás pescando piaba, traíra e aruás.
Depois seguia o inverno, eram meses silenciosos, a chuva caindo em lindas poças – poças largas, que pareciam grandes demais para o menino que espiava pingos caindo, formando ondas múltiplas. Depois vinham as libélulas para mergulhar na água empoçada.
Ah! O inverno em Frei Caneca, friozinho, úmido, lamacento. Só havia luz para a vila até 22 horas, mas na nossa casa nunca apagava. Casa grande, com muitos quartos, amplos alpendres, quintal, jardim, tantas mangueiras e o rio Fervedouro, proibido de tomar banho devido ao [schistosoma.
Esses foram anos de encanto, de brincadeiras infantis, de descobertas e uma vida mansa. Meu pai, austero, sempre de gravata, trabalhava, trabalhava, trabalhava. Tinha histórias freqüentes para contar – de fornecedores, de usineiros, de operários, de camponeses, de coisas e impostos a pagar.
Ah! Meu pai, homem sério, duro e honesto. Honestíssimo. Deu a vida à usina, que tirou das dívidas, incertezas e medos pós-Grande Depressão.
Minha mãe ficava em casa e era também Agente do Correio. Fazia sempre doces, muitos – de leite, de batata-doce, goiaba, banana –, fazia bolo-de-rolo, souza-leão e pão-de-ló de que meu pai gostava. Não faltava bom licor de jenipapo e outros mais, conseguidos nessa faina doméstica com a ajuda de tantas Marias (a de Seu Zé Estribeiro era uma), Zé Bodinhos, Helenas, Leopoldinas, também por Geraldo, que trazia a água, e um homem que mexia os tachos de doce.
Infância luminosa, calma, devagar, na companhia de irmãos sempre a nascer (foram dez), na companhia da avó Iaiá, que vinha de vez em quando, e da longeva bisavó Madrinha. Só conheci um avô querido, morto cedo, aos 56 anos (o outro foi-se antes que eu nascesse).
Queria ter tido avôs, pais mais macios como são os avôs, com quem fosse passear e andar a cavalo, como fazia comigo Vovô Arquimedes no seu belo corcel negro. Mas não tive avôs.
Meu pai nos levava a passear nos dias de domingo. Andávamos na usina, subíamos nas moendas e caldeiras, íamos à Tomada, caminhávamos pela estrada de Maraial, onde colhíamos mal-me-queres e tabicas que nunca dispensávamos (o centenário velho Ricardo sempre nos trazia algumas de ótima confecção).
As lembranças são doces, Claras, cintilantes – de meu tempo de [menino. Nada se compara a uma infância que valha a pena recordar. A minha na Usina Frei Caneca!
Serra do Espelho, da Usina Frei Caneca
Clóvis na Serra do Espelho, em jan. 2008
Clóvis Cavalcanti
Nascido na Usina Frei Caneca, município de Maraial, Pernambuco, em 8.12.1940. Criou-se entre canaviais. O pai era contador da usina e a mãe, agente do Correio. Não teve curso primário regular. Aprendeu a ler em casa. Freqüentou escolas públicas e fez o último ano com padres salesianos de um internato em Frei Caneca, onde foi aluno externo. Fez o curso secundário (1952-1959) no Colégio Nova Friburgo (uma escola leiga da Fundação Getúlio Vargas, em Nova Friburgo, Estado do Rio), como interno. Estudou ciências econômicas na Universidade do Recife (1960-1963). Teve como paraninfo Manoel Correia de Andrade e como patrono da turma Caio Prado Júnior. Estagiou na Sudene convivendo com Celso Furtado, Chico de Oliveira, Luís de Vasconcelos e outros. Pós-graduação no Centro de Aperfeiçoamento de Economistas da Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, janeiro-agosto de 1964. Aí estudou com Mário Simonsen e assistiu a palestras de Nicholas Georgescu-Roegen, pai da economia ecológica. Mestrado de economia na Universidade de Yale, Estados Unidos (de setembro de 1964 a junho de 1965). Conviveu aí com James Tobin, Prêmio Nobel de Economia de 1988, e Celso Furtado, que estava exilado como professor visitante em Yale. Foi levado para Yale pelo prof. Werner Baer. Contra a vontade deste, decidiu não fazer doutorado em Yale por considerar que o melhor doutorado seria o da vivência com a realidade do Brasil e por discordar do conteúdo da teoria econômica ensinada nos Estados Unidos. Trabalhou em seguida no Comitê dos Nove, na União Panamericana (Organização dos Estados Americanos – OEA), entre junho e setembro de 1965, levado pelo prof. Carlos Díaz-Alejandro. Conviveu aí com Hollis Chenery e Rômulo de Almeida.Entrou na Sudene em setembro de 1965, convidado pelo superintendente-adjunto, seu ex-professor, Fernando Mota, para integrar a equipe do Grupo do Vale do Jaguaribe, trabalhando com franceses (de set. 1965 a abril de 1967). Ingressou também na Universidade do Recife, depois Federal de Pernambuco (UFPE), e na Universidade Católica de Pernambuco em setembro de 1965. Em outubro de 1967, entrou no Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais (IJNPS) e na Faculdade de Ciências de Administração da Fesp (Fundação do Ensino Superior de Pernambuco, depois Universidade de Pernambuco – UPE). Em outubro de 1970, renunciou a todos os empregos para ficar em dedicação exclusiva na UFPE, onde havia participado da fundação do Pimes (mestrado de economia). Em janeiro de 1973, passou a trabalhar apenas no IJNPS, como pesquisador e diretor do Departamento de Economia, voltando a conviver com Gilberto Freyre. Deu aulas na UFPE em 1974-1975, havendo organizado na graduação de economia, no segundo semestre de 1975, o primeiro curso regular de economia do meio ambiente do Brasil. Depois disso, dedicou-se somente à pesquisa no IJNPS, que virou Fundação Joaquim Nabuco em junho de 1980. Passou a dirigir o Instituto de Pesquisas Sociais da Fundação, cargo em que ficou até fevereiro de 2003 (com breve interregno entre março e julho de 1986). Aposentou-se em dezembro de 2010, às vésperas de completar 70 anos. Mas foi eleito pelos colegas para diretor da área de estudos do meio ambiente no Instituto de Pesquisas Sociais da Fundação Joaquim Nabuco, daí saindo em dezembro de 2013 e recebendo o título de Pesquisador Emérito. Eleito Presidente de Honra da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (EcoEco), da qual foi fundador, em 2011, tornou-se Presidente-Eleito da International Society for Ecological Economics (ISEE), de que é fundador, em 2016, assumindo a presidência efetiva da entidade para o período 2018-2019. Nessa condição, presidiu o XV Congresso da ISEE em 2018 em Puebla (México). Trabalhou na elaboração da estratégia de desenvolvimento de Angola para 2003-2025 e no estudo do governo do Reino do Butão para a ONU sobre a filosofia da Felicidade Nacional Bruta (GNH, em inglês) desse país do Himalaia, em 2012-2013. Sua participação nesses trabalhos foi sempre na ótica da Economia Ecológica, visando a promoção de um desenvolvimento que significa, na essência, prosperidade sem crescimento.
Formatura em Economia
Ufpe, 1963
Avô Arquimedes
1938, Arquimedes Vasconcelos, com os filhos Lauro e Glauro, Gisonita Nilza (Nitinha), Mirtes Dalva e Candida
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