Clóvis Cavalcanti
(a world you might well get to know).
Gross National Happiness
– GNH, maybe a wisecrack allusion to GNP.
For our world thinks only about economics,
and GNP is all that life is about.
So much the better that the Fourth King of
wisely, at only 17 years of age
(ah! How we miss wise kings),
decided: happiness is worth more than the economy
– away with the rationale for GNH,
a fix to sate the vice of quantification,
the very basis for an ill-fated GNP.
That’s it – happiness can’t be measured,
nor maximised
(there will always be a maximum
above the maximum you calculate).
Happiness is to be enjoyed, achieved, felt.
It’s in the blue of the sky and the sea out my window,
in the golden sun I see rising from my attic,
in the gentle summer breeze of late-afternoon
in the waterfall of Alef (on the Farm of the Tao),
in the gaze of my dog Belinha and my cat Maracatu,
in the candor of heartfelt convictions,
in the rosiness, the fragrance, the softness
of granddaughter Lis, two weeks old.
And there in the affection of the beloved sweetheart,
in dear family,
in embracing friends –
those of long standing
and those more recent.
Happiness is not “gross national” (GNH)
nor “gross domestic happiness” (GDH).
It is only, and completely, happiness.
Merry Christmas.
Lots of happiness!
Best wishes,
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Casa grande ao lado do rio Fervedouro.
Água pura de fonte, as galinhas no quintal
– de mangas, bananas, goiabas e abacates.
Os doces. Imenso consumo de açúcar
(a unidade era o saco de
Tantas comidas saborosas.
Pai, mãe, avós, e mais ancestrais,
ligados à cana e ao mundo do interior.
Os filhos desejados
– uma dúzia nos planos da mãe.
Foram onze, quase a meta. Criados dez,
que o pai de bom grado ajudou a conceber.
E foram assim felizes,
os dias escoando e contentando.
Não se soube de haver tempo ruim.
Cada filho tomou um rumo
– político, espiritual, filosófico –
à base da mesma educação,
dos mesmos princípios e valores
(decência, honradez, honestidade).
Não chegaram a se multiplicar tanto
na geração que veio depois.
e deixar que o sangue flua com intensidade
levando valores que honrem os que dele são a origem.
Feliz Natal
Olinda, dez. 2012.
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Família
Clóvis Cavalcanti
Olinda.
Gravatá.
Pedra do Tao.
Cachoeira do Álef.
Muro Alto.
Maraial.
A Visconde de Goiana
e a Fazenda do Tao.
Os pais,
os filhos,
os netos,
a família,
os anos.
A vida,
o amor.
Tempo de ser feliz
– sempre.
dez 2012
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De Guimarães, Pereira e outras fontes
Clóvis Cavalcanti
Grota, Mimosinho, Pedra Grande
– nomes musicais, uma mística agreste,
e laços de família, sangue rural, crenças sólidas.
Um meio severo, misterioso, ensolarado.
Açude, umbuzeiros, cajueiros, juazeiros,
vacas, ovelhas, bodes, mugidos e balidos.
Galinhas, perus, mocós, assuns pretos
e carros-de-boi lentos, de rangido dolente.
A gente simples, modesta e valorosa.
O trabalho duro, as festas, os forrós:
alegria telúrica, visceral e verdadeira.
da avó com legião de filhos, netos e contraparentes.
Lembrança de dias comuns na escola, no campo, no terreiro,
das chuvas abençoadas de invernos bons.
Lembrança das buchadas, das cantorias, dos namoros.
Lembrança da vida feliz como foi, é e deve ser.
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Nosso Tempo
A Vera
Anos calmos, claros, coloridos
– de luzes, emoções e sentimentos.
Anos vivos, intensos, desejados
– de buscas, anseios, esperanças.
Que a vida é um enorme desafio
– divertido, louco, impressentido.
Assim é o tempo do amor,
do encontro da alegria da viagem
que fazemos sem parar,
sem pensar, sem refletir
– levados pelo rio do destino.
Tempo nosso, achado, sondado e enlevado.
Em êxtase: ontem, hoje e amanhã.
Feliz Natal 2012
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Minha Flor
Para Vera
do Mimosinho, de Gravatá
abriu-se com muito brilho esta manhã.
Exalou perfumes doces.
Explodiu em cores fortes,
afirmativas, sertanejas.
A flor de Olinda,
do Mimosinho, de Gravatá
invadiu os espaços de meu coração.
Ela os agita nas madrugadas.
Dá-lhes emoção nas horas matutinas.
E nas vespertinas, nas noturnas,
nas cotidianas e ancestrais.
A flor de Olinda,
do Mimosinho, de Gravatá
oferece-se como presente luminoso.
Dá dimensão aos instantes.
– reais ou imaginadas.
Ela faz com que os anos passem, passem
– deixando rastros vivos de amor.
Ah! A flor do Tao, agreste e lúdica,
de Olinda,
do Mimosinho, de Gravatá...
flor da minha vida.
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Clóvis Cavalcanti
As multidões chegam com o nascer do sol,
trazendo cestas douradas de comida, marmitas e farnéis.
E reúnem-se em todas as praças do planeta
(ainda mais floridas para a ocasião).
Há um milhão de pessoas na Praça Vermelha, em Moscou.
São trezentas mil na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Mais de dois milhões no Central Park, em Nova York.
Passam das oitocentas mil no ensolarado Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
Há umas dez mil no Pau Pombo, em Garanhuns.
São milhares, milhões nas praças de cidades, vilas e lugarejos.
Sempre chegando ao amanhecer desse dia
– dia frio e cinzento aqui, claro e estival ali,
indefinido e morno acolá, fresco e suave no brejo de Gravatá,
barulhento e fervilhante no Parque da Jaqueira, no Recife.
O mesmo dia.
A mesma expectativa.
As mesmas vozes de esperança,
cantando
dançando
confraternizando.
Como se todo mundo comemorasse simultaneamente
em cada canto
uma vitória definitiva de Copa do Mundo.
Velhos fatigados, arrastando antigos sofrimentos,
sustentam expressões de espanto.
Jovens bailam, dão-se mãos e lábios, abraçam-se.
Mulheres e homens amadurecidos na desconfiança
entreolham-se, vêem-se em novas expressões, tocam-se calidamente.
As crianças reafirmam docilmente suas ancestrais inocências.
Há alto-falantes que fazem proclamações felizes
e locutores barulhentos anunciando eventos incomuns
(como a derrubada de todos os muros da vergonha).
Artistas exibem-se em palanques – cantam, sapateiam e bailam.
Há toda a excitação de um magnífico Woodstock universal.
O dia avança e as multidões não param de chegar.
Teme-se pela segurança da reunião concomitante
de multidões tão espessas.
O clima, porém, é de surpreendente ordem.
Como em um vasto, imenso, colossal domingo de Carnaval em Olinda.
Há batuques, palmas e cânticos renovados.
Tocam guitarras e violões, acordeões, trompetes, clarinetes, violinos, flautas.
E há sorrisos, lágrimas, mas nenhuma dor.
A hora é uma só,
a mesma em toda parte,
quando se informa
que esse dia de paz universal
não é um sonho
– e durará para sempre.
Vôo Porto Alegre-Recife, out. 1981
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ODE A NETOS MUITO AMADOS
Vovô Clóvis
Aos meus netinhos,
que são hoje quatro,
como são os meus quatro filhos,
canto hinos de luz,
de dourado, de brilho
e de fulgor.
Canto e louvo
por seus sorrisos puros,
pela doçura de seus olhares plenos,
pelos impulsos infantis
de suas simples traquinices.
Canto e louvo
por sua leveza tranqüila,
de quem confia em pais, avós e bisavós
e parece esperar da vida
que ela seja sempre uma brincadeira.
Aos meus netinhos,
que são hoje quatro,
três meninos e uma menina clara,
canto e louvo
e lhes anuncio
este amor vivido,
ancestral e vivo.
Obs: em 2010 já são 8.
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Clóvis Cavalcanti
Os netos _ meus netos:
lindos rostos que sorriem,
com doçura,
sem cobranças.
Inocência de olhares
luminosos em ambientes,
às vezes, sombrios.
As mãos dadas, confiantes,
ao avô.
Belas crianças
dependentes das mamães,
buscando os papais.
Meus netos
_ tão vivos,
suaves,
infantis.
Claridade que mostra
o Futuro.
E a Alegria da vida
retomada.
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Um ambientalista se matou
(o mataram)
– entregando a vida (seu maior bem), disse ele,
pelos valores maiores da Natureza.
Compreendo seu gesto,
que eu próprio não tomaria.
Acredito na vida,
na necessidade da luta árdua
em defesa dos valores supremos
que a Natureza representa.
Minha vida transiente, toda a Vida,
vai se extinguir um dia.
Que demore a chegar esse momento!
Que a vida no planeta
– tão única e esplendorosa –
não se extinga sem sentido,
assim rapidamente,
ameaçada pela ganância mortal
dos que levaram o ambientalista
(Franselmo)
a seu gesto extremo.
Um ambientalista se matou
– entregando a vida, disse ele,
por amor à Natureza.
Amor verdadeiro, amor pleno, como deve ser o amor:
lição dura para quem não aprendeu a amar.
Refletindo sobre o sacrifício de um homem, desejo que o Natal nos faça mais humanos e que o Ano Novo traga paz para todos.
de Henry Dadsworth Longfellow)
Clóvis Cavalcanti
Metade da minha vida já vivi; sem deixar, porém,
que os anos escorressem e eu não realizasse
os desejos que sempre tive, na juventude,
como agora, de construir torres de sentimentos.
Não é por ambição, mas pelo prazer da construção,
pela paixão e pelas paixões da vida, desfrutadas
intensamente e levando-me a fazer do que gosto,
a superar a dor e a saudar os dias em sucessão.
A meio-caminho, subindo o monte, vejo o Passado
que se estende no meu rastro ondulado e sinuoso,
onde brilham as luzes dos desejos satisfeitos.
Incerto, o caminho do Futuro é desafio _ mas não feito
de tetos esfumaçados, nem de sombras que assustem,
e sim de luz, de auroras douradas e dias desejados.
_____________________
Ah! Friburgo!
GNF! CNF!
O mês de novembro,
com sol, calor
e a saudade que crescia
nas vésperas do fim do ano.
Mas havia maio
com a neblina persistente
e um frio que arrepiava
a espinha.
E junho,
com a fogueira e a batata assada,
a quadrilha
e o frio das montanhas.
Ah! Friburgo!
GNF! CNF!
Só entende essa saudade gostosa
quem viveu lá
e experimentou na carinhosa
década de 50,
um convívio de amizade,
de um colégio interno
que era amado.
“Nas montanhas de Friburgo,
jovens lutamos para vencer”
_ dizia o hino do CNF.
E completava:
“Nosso lema é a virtude,
é a saúde, é o saber.”
Foi a época de James Dean,
dos boleros dançados no Clube dos 50
e nas festinhas do Científico.
A banda “Papoula” não tinhas guitarras elétricas,
mas tinha bongô,
piano
e um som muito animado.
Éramos adolescentes
de cabelo cortado
e penteado para trás.
Namorávamos as meninas da cidade,
que moravam distante.
Era preciso descer uma ladeirona
para sair das montanhas onde vivíamos
até o vale lá em baixo.
Ladeira difícil,
mas com cheiros de eucaliptos
e pinheiros,
o Castelinho
e uma paisagem venerada.
Ah! Friburgo!
GNF! CNF!
Tantas marcas, tantas recordações.
Tantas tardes, tantos dias, tantas manhãs.
Éramos felizes
_ e o sabíamos.
Olinda, dez. 1986.
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Não, eu não considero amizades
como instantes de tempo transitório.
As pessoas de meu bem-querer
entram em minha vida,
agasalham-se no meu interior
e nele vão ocupar espaços permanentes.
Deitam raízes
que se fixam em minhas entranhas,
lá onde semeio os sentimentos profundos.
Por isso, quando se vão,
ou quando desaparecem de minha convivência,
ou quando se tornam fantasmas
de meu infrutífero buscar,
vão-se também pedaços de mim
– essas amizades que enriquecem a vida,
que preenchem o meu peito esquerdo,
onde também doem.
Olinda, 1988.
______________
A meus queridos, no Natal
Clóvis Cavalcanti
A luz do dia
passa ligeiro
e as sombras somem
com igual rapidez.
Dou com olhares
e sorrisos de alegria
sem que a rapidez do tempo
os iniba.
Os dias passam,
os meses e os anos.
A vida escoa,
meu desejo de amar aumenta.
Tanta coisa bela
a ser desfrutada!
Rostos infantis,
expressões afetuosas,
flores nos jardins da natureza,
os olhares, os sorrisos.
E o amor, seiva vital.
A vida inteira vibra:
não há tempo a perder.
Amemos!
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Amei, amei, amei.
Amei com a alma,
amei com o coração
(não com o intelecto).
Amei em dias de chuva
em manhãs de muito sol
em Porto de Galinhas,
Suape, Pirangi do Norte.
Amei nos matos de Gravatá.
Amei nos escondidos de Olinda.
Amei nos barulhos do Recife.
Amei ao meio-dia,
amei à meia-noite,
amei à meia luz,
amei à luz inteira.
Amei e como! no carnaval
e na rua, nas canções e nos blocos.
Amei sob os lençóis
de muitas e muitas camas.
Amei no São João,
nos domingos sem compromissos,
abraçando-me à amada
no tapete e no chuveiro.
Amei em setembro,
em julho e fevereiro.
Amei, amei, amei.
Ah! como amei!
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Clóvis Cavalcanti
Amar teu corpo
entrelaçado ao meu
e teu sorriso,
teus pés e teu umbigo.
Amar teu sexo
entreaberto ao meu
e teu olhar,
tuas mãos e tua ternura.
Amar teu jeito
oferecido ao meu
e teu falar,
tua tez e teu andar.
Amar-te toda,
tão entregue a mim,
e teu viver
teu ser e teu amor.
Clóvis Cavalcanti
Ama-me pelo nome,
ao som de Schubert
e sob o verde destas folhagens cúmplices.
Ama-me pelo nome,
pelo endereço, pelo azul
da manhã de março em Olinda.
Ama-me pelo nome,
pelo verbo viver vivido,
pelo branco das espumas deste mar.
Ama-me pelo nome,
pelo tato, pelo olfato,
pelo êxtase e gritos deste orgasmo.
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Clóvis
A mulher que eu amo está dormindo,
faz sol e eu a toco
(se não fizesse, eu também a tocaria).
A mulher que eu amo adormeceu
depois que nos amamos:
garantia de que ainda mais nos amaremos.
A mulher que eu amo está no jardim,
colhe plantas e respira o ar da tarde,
talvez à procura do Amado
(que a vê e sente-se feliz com essa possível busca).
A mulher que eu amo descansa na rede,
na expectativa de concretização de sonhos reais
(o amor é um sonho real).
Ela sente as vibrações do afeto
que a rodeiam como o ar que respira
(sua sensibilidade capta o inefável).
E o Amado confirma assim
todas suas razões que o fazem amá-la.
Recife, 7 de outubro de 2003 – 19h
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A Vera
Pensando
no modo
de seres.
Olhando
de frente
teus olhos.
Sentindo
teus cheiros
presentes.
Buscando
tua forma
de amares.
Amando
segundo
teus ritmos.
Querendo,
constante,
te ter.
Mulher,
amante
e amada.
Feliz Natal
Clóvis
Olinda/Garanhuns, dezembro 2002.
_____________
Amar de Madrugada
Para Vera
Clóvis Cavalcanti
Quero te amar de madrugada,
quando estivermos sob efeito do sonho
e o mundo ainda se parecer
com o nosso da ocasião do Êxtase.
Quero te amar de madrugada,
quando a brisa sopra docemente,
obrigando-nos a que nossos corpos se busquem
para superar o frio que antecede a Aurora.
Quero te amar de madrugada,
quando tudo é silêncio e sossego,
nossas vozes têm mais música
e nossos carinhos mais Beleza.
Quero te amar de madrugada
no aconchego da suave escuridão,
na percepção do total isolamento,
na completa comunhão do Amor vivido.
Dia dos Namorados, 12 de junho de 2002.
______________________
Clóvis Cavalcanti
A Amada me faz falta
quando estou longe dela.
A Amada me enternece
quando me vem à lembrança.
A Amada me enriquece
quando zela por mim.
A Amada me resgata
quando no caminho me perco.
A Amada me conquista
quando a mim se oferece.
A Amada me completa
hoje, sempre e sem fim.
Feliz Natal
Garanhuns, dezembro de 2001.
__________________
(à maneira do livro dos Cânticos)
A Vera, meu amor,
Clóvis
Como és amável, minha amada,
como és linda!
Com tuas asas imaginárias,
desces qual um anjo
para o lado do teu amado.
Teus cabelos escuros
transformam teu rosto em luar
e teus olhos do sertão
aumentam o brilho dessa luz.
Tuas mãos produzem mel
para os lábios que te esperam
e que buscam a melodia dos teus.
Teu corpo é como uma rosa de sol
– macio, claro e repousante.
És toda amor, minha amada,
e em ti eu me encontro.
Olinda, 12 junho 2003
____________________
JUNTOS
Clóvis Cavalcanti
A amada dorme
e eu sinto que sonhamos juntos.
A amada acorda
e eu sinto que estamos juntos.
A amada olha
e eu sinto que marchamos juntos.
A amada cala
e eu sinto que amamos juntos.
A amada pensa
e eu sinto que voamos juntos.
A amada ri
e eu sinto que sorrimos juntos.
A amada cansa
e eu sinto que arfamos juntos.
A amada explode:
um só prazer desfrutamos juntos.
_________________
Dez anos com Vera,
Verinha, Veríssima, Verícola
– de forró a forró,
de farra a farra,
farra de carnaval e de São João,
de Olinda, Gravatá e Garanhuns,
de Oxford, Pipa, Valinhos e Illinois,
farra sem ferro nem forra
nem forro nem ferradura
nem nada que forre ou ferre.
Dez anos com Vera,
– e também dez horas, dez dias,
dez meses, dez vezes, dez vozes,
dez vivas, dez noites, dez beijos,
dez e dez, mais: infinitamente.
Vera é dez, é doze, é dezenas,
é dúzia, soma, multiplicação,
exponenciação, máximo divisor comum,
múltiplo de oito, de oitenta,
do dia de Santo Antônio
na era de noventa e sete
e nas eras de junho,
de outubro, de dezembro
de anos ímpares e pares.
Vera é verdade, é virtude,
é carinho, sentimento, luz.
É manhã, noite, tarde.
E madrugada de amor.
Olinda, 13 de junho de 2007. 17h10
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Tenho saudades
Meu tempo é feito de flamboyants floridos
CORRER, CORRER, CORRER
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Estudou ciências econômicas na Universidade do Recife (1960-1963). Teve como paraninfo Manoel Correia de Andrade e como patrono da turma Caio Prado Júnior. Estagiou na Sudene convivendo com Celso Furtado, Chico de Oliveira, Luís de Vasconcelos e outros.
Pós-graduação no Centro de Aperfeiçoamento de Economistas da Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, janeiro-agosto de 1964. Aí estudou com Mário Simonsen e assistiu a palestras de Nicholas Georgescu-Roegen, pai da economia ecológica.
Mestrado de economia na Universidade de Yale, Estados Unidos (de setembro de 1964 a junho de 1965). Conviveu aí com James Tobin, Prêmio Nobel de Economia de 1988, e Celso Furtado, que estava exilado como professor visitante em Yale. Foi levado para Yale pelo prof. Werner Baer. Contra a vontade deste, decidiu não fazer doutorado em Yale por considerar que o melhor doutorado seria o da vivência com a realidade do Brasil e por discordar do conteúdo da teoria econômica ensinada nos Estados Unidos. Trabalhou em seguida no Comitê dos Nove, na União Panamericana (Organização dos Estados Americanos – OEA), entre junho e setembro de 1965, levado pelo prof. Carlos Díaz-Alejandro. Conviveu aí com Hollis Chenery e Rômulo de Almeida.Entrou na Sudene, convidado pelo superintendente-adjunto, seu ex-professor, Fernando Mota, para integrar a equipe do Grupo do Vale do Jaguaribe, trabalhando com franceses (de set. 1965 a abril de 1967). Ingressou também na Universidade do Recife, depois Federal de Pernambuco (UFPE), e na Universidade Católica de Pernambuco em setembro de 1965. Em outubro de 1967, entrou no Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais (IJNPS) e na Faculdade de Ciências de Administração da Fesp (Fundação do Ensino Superior de Pernambuco, depois Universidade de Pernambuco – UPE). Em outubro de 1970, renunciou a todos os empregos para ficar em dedicação exclusiva na UFPE, onde havia participado da fundação do Pimes (mestrado de economia). Em janeiro de 1973, passou a trabalhar apenas no IJNPS, como pesquisador e diretor do Departamento de Economia, voltando a conviver com Gilberto Freyre. Deu aulas na UFPE em 1974-1975, havendo organizado na graduação de economia, no segundo semestre de 1975, o primeiro curso regular de economia do meio ambiente. Depois disso, dedicou-se somente à pesquisa no IJNPS, que virou Fundação Joaquim Nabuco em junho de 1980. Passou a dirigir o Instituto de Pesquisas Sociais da Fundação, cargo em que ficou até fevereiro de 2003 (com breve interregno entre março e julho de 1986). Continua pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco e professor na Universidade Federal de Pernambuco no curso de Ciências Ambientais, Engenharia Elétrica, Eletrotécnica, desde 2004